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Postado por Profª Gisele Lira | 20:27 | 11 comentários »

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Promessa de dois professores tem falhas

Postado por Profª Gisele Lira | 17:37 | 22 comentários »

> Folha de São Paulo, 2/10/2010 - São Paulo SP

Para educadores, proposta de José Serra não é 100% eficaz na alfabetização e é de difícil implantação nacional. Candidato do PSDB diz que haverá incentivo financeiro a prefeitos e governadores que adotarem o programa
RICARDO WESTIN DE SÃO PAULO / ANGELA PINHO DE BRASÍLIA
José Serra (PSDB) diz que, se eleito presidente, colocará dois professores em todas as turmas de 1º ano (antiga pré-escola) das escolas públicas. A ideia é que, enquanto o primeiro professor dá a aula, o segundo percorra a sala ajudando individualmente os alunos com mais dificuldade. Serra argumenta que assim se assegura a plena alfabetização das crianças. No entanto, especialistas em educação veem dois problemas na promessa tucana. Primeiro, é difícil implantar o segundo professor em todo o país. Depois, o programa por si só não é garantia de que os alunos aprenderão de fato a ler e escrever. A implantação nas cerca de 110 mil turmas de 1º ano é pouco provável porque a grande maioria das escolas públicas de nível fundamental pertence às prefeituras. O presidente não pode obrigar os prefeitos a contratar um segundo professor.

"Cada município tem autonomia", explica Carlos Roberto Jamil Cury, ex-presidente do Conselho Nacional de Educação. O segundo professor já está nas escolas estaduais de São Paulo e nas municipais da capital paulista, mas por decisão do governo e da prefeitura -quando Serra foi respectivamente governador (2007) e prefeito (2006). A campanha do PSDB diz que Serra oferecerá incentivos financeiros para que as prefeituras e os Estados adotem o programa federal. Verbas, entretanto, não garantem a adesão automática. Na saúde, por exemplo, apesar de o governo federal custear a implantação de UPAs (prontos-socorros), prefeitos e governadores rejeitam a verba -não querem programa com a marca do partido rival.

ESTAGIÁRIO - O segundo professor é, na realidade, um estudante de letras ou pedagogia -um estagiário. Em São Paulo, ele recebe uma bolsa mensal de R$ 500 e, em alguns casos, auxílio-transporte de R$ 100.
O alcance nacional prometido por Serra também é limitado pelo fato de não haver faculdade de letras ou pedagogia em todas as cidades. Em Santa Catarina, para que cada turma do 1º ano tenha estagiário, cerca de 50% dos universitários terão que ser recrutados. No país, são necessários 15% dos alunos. Em termos pedagógicos, a crítica é que a simples presença do estagiário não assegura a alfabetização. O aluno de letras, ao contrário do de pedagogia, geralmente não vê na faculdade lições de alfabetização, aponta a professora Stella Bertoni, da UnB.

"CIUMEIRA" - Além disso, há a possibilidade de não haver um bom relacionamento entre professor e estagiário. O professor pode sentir sua autoridade ameaçada, e o estagiário pode querer impor as técnicas de ensino da faculdade. "Vai haver ciumeira, atrito", diz Onaide Schwartz, professora da Unesp. Por fim, corre-se o risco de, em ausências do professor, o estagiário ser escalado para assumir a turma. "Ele não pode se responsabilizar por uma sala. Ainda é estudante", afirma Maria Regina Maluf, da PUC-SP e da USP. Bertoni e Maluf dizem que, apesar de insuficiente, a presença do estagiário pode ter bons resultados. Para defender que a promessa terá sucesso, a campanha do PSDB diz que o número de crianças do 2º ano plenamente alfabetizadas na rede estadual de SP subiu de 88% para 93% em dois anos. E que na rede municipal da capital os alunos não alfabetizados caíram 50%.

Cursos livres da universidade americana receberam mais de 220 mil visitas do Brasil só no ano passado
Cinthia Rodrigues, iG São Paulo
O Massachusetts Institute of Tecnology (MIT) está entre as cinco melhores universidades do mundo e tem uma reputação alavancadas por prêmios como os 63 Nobel acumulados. Cursar a instituição americana é um sonho comum entre os estudantes mais audaciosos e um grupo crescente de brasileiros tem feito isso – ainda que sem sair do Brasil e mesmo sem ter direito a diploma. O instituto especializado em tecnologia reúne o material que compõe os cursos e os disponibiliza na internet. O acesso é gratuito e não exige cadastro. Por outro lado, não há como comprovar o acompanhamento das aulas ou obter qualquer certificação. "Disponibilizamos apenas o conhecimento", diz o site. A ação, chamada MIT OpenCourseWire, começou em 2003 e, no mesmo ano, recebeu 22 mil visitas online do Brasil. No ano passado, foram 222 mil visitas, 1,5% do total recebido de 215 países diferentes, o que garante o quarto lugar entre os maiores frequentadores estrangeiros, atrás apenas de Rússia, Índia e China. Em 2010, o número pode crescer ainda mais devido a uma nova ferramenta, inaugurada em setembro, que permite a formação de grupos para troca de informações sobre as aulas, como em uma sala presencial.

A estudante de Física da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Emanuelle Machado, de 23 anos, conheceu o site enquanto pesquisava a vida de grandes nomes de sua área e diz que foi incentivada pelo material a seguir carreira científica. “As aulas são completas e avançadas. Depois, tiramos dúvidas em grupos com pessoas daqui e do mundo todo”, afirma. Em menos de um ano, ela já completou as disciplinas de Mecânica Clássica, Eletromagnetismo e Relatividade. “Meu sonho agora é fazer uma pós lá”, conta. Outro “aluno virtual” brasileiro, Rafael Magalhães Braga de Souza, de 18 anos, procura assistir lá as mesmas matérias que cursa em Engenharia Química na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Percebo que o MIT é mais completo, tem um nível de debate mais elevado e fico sabendo das últimas novidades, isso ajuda nas entrevistas. Ainda não aceitei, mas já tive bons convites por estar atualizado”, afirma.

Idioma é barreira - Dos 2.000 cursos disponibilizados, apenas 32 estão traduzidos para o português por parceiros. Para a gerente de Relações Externas do OpenCourseWire, essa é a principal barreira para os brasileiros. “É bastante significativa a dificuldade estabelecida pela língua para a América Latina em geral”, diz. Ela espera que a nova ferramenta de interação aumente ainda mais o público e facilite a inclusão de pessoas que não dominam o inglês. Para conhecer os cursos, basta acessar o site ocw.mit.edu

Escola Virtual para País oferece, pela internet, palestras sobre temas diversificados de interesse na educação
Agência Brasil
Começou no último sábado (2), no Rio de Janeiro, um projeto inédito em todo o mundo no formato de webconferência, que pretende ajudar os pais e facilitar a educação dos filhos, na medida em que permite aos participantes interagirem com os apresentadores durante as palestras. Trata-se da Escola Virtual para País (www.escolavirtualparapais.com.br). O projeto foi idealizado pela pedagoga e mestre em educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Márcia Taborda, e tem a coordenação acadêmica da neuropediatra Heloisa Viscaíno Pereira, professora adjunta do Departamento de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas da Uerj. O projeto oferece, por meio da internet, palestras sobre temas diversificados de interesse na educação das crianças, explicou Márcia Taborda à Agência Brasil. As webconferências visam a auxiliar os pais na orientação das crianças, na identificação de problemas, além de mostrarem como lidar com dificuldades de aprendizagem e escolher uma escola para os filhos. Estão previstas, ainda para este mês, webconferências sobre alimentação saudável e transtornos da hiperatividade e déficit de atenção. O acesso às palestras poderá ser feito de qualquer lugar do mundo.