O professor paranaense de história Marcelo Fronza, que teve sua dissertação de mestrado compilada no livro Ensinar e aprender história: história em quadrinhos e canções (Base Editorial), afirma que um dos maiores desafios dos educadores em sala de aula é buscar uma metodologia de ensino que atraia o aluno para a aprendizagem, que se aproxime da sua linguagem, do seu universo e o cative para a absorção do conteúdo. Segundo o professor, a publicação - uma das quatro escolhidas pelo Programa Nacional Biblioteca da Escola, do Ministério da Educação - é inédita no país por abordar o ensino de história a partir do conhecimento dos alunos a respeito de histórias em quadrinhos. “O livro apresenta a história em quadrinhos como fonte para que o aluno construa o conhecimento histórico com a ajuda do professor. A metodologia passa a ser interessante porque não é o professor que detém o conhecimento, mas vai auxiliar o aluno a construir o seu próprio”, analisa.

Para Fronza, esse método facilita a aprendizagem, a memorização e, por ser divertido, atrai o interesse do aluno pelo conteúdo. Mas é importante, na sua opinião, comparar a fonte histórica dos quadrinhos com outras fontes para a construção do conhecimento. Ele cita como exemplo Asterix e Cleópatra, em que os personagens falam sobre construir pirâmides em uma época histórica que não coincide com a existência de Cleópatra. “As pirâmides tinham sido construídas 2 mil anos antes e por isso é importante trazer outras fontes históricas para que o aluno perceba anacronismos”, explica. O professor destaca que o aluno acaba tendo novas visões críticas sobre os próprios quadrinhos que, como narrativa, são uma das formas mais fortes de organizar o pensamento em geral. “Daí a importância de separar o que é fonte histórica dos recursos utilizados para fazer humor”, avalia. Marcelo Fronza afirma que os quadrinhos como fonte histórica, e não só como recurso pedagógico, estão gerando novos resultados no ensino, que se refletem em melhores notas por conta da abordagem diferenciada. “O aluno está indo além da memorização de datas e períodos, está aprendendo a fazer relações de contexto, tornando-se crítico, e isso vai auxiliá-lo não apenas em sala de aula, mas no mundo afora”, conclui. As bibliotecas das escolas brasileiras recebem livros como os da Base Editoral, para auxiliar na formação dos professores.

Indígenas terão ensino adaptado

Postado por Profª Gisele Lira | 12:39 | 27 comentários »

> O Estado de São Paulo, 31/10/2010 - São Paulo SP
Os primeiros índios formados em Licenciatura Intercultural Indígena darão aula às tribos a partir de 2012
João Domingos
A partir de 2012, as escolas em aldeias das etnias apinajé, canela, carajá, javaé, krahô, tapirapé, tapuia, xambioá e xerente dos Vales do Araguaia e Tocantins (em Goiás, Maranhão, Mato Grosso e Tocantins) darão um salto de qualidade. Elas começarão a receber os primeiros professores índios graduados em Licenciatura Intercultural Indígena pela Universidade Federal de Goiás (UFG). A proposta de ensino da UFG foi construída de forma coletiva, partindo da experiência com cursos de formação de professores indígenas e com revitalização de línguas e culturas indígenas, explicaram os professores Maria do Socorro Pimentel da Silva e Leandro Mendes Rocha, idealizadores do curso. Ambos são doutores em educação indígena e têm experiência de atuação em aldeias. Maria do Socorro foi professora do ensino fundamental na Ilha do Bananal (TO) e Leandro Rocha formou professores entre os macuxi de Roraima.

Atualmente, de acordo com o governo federal, a educação indígena vive o desafio de formar pelo menos 4 mil professores até 2012. Assim como a UFG, também têm cursos exclusivos para índios universidades federais e estaduais do Acre, Amazonas, Mato Grosso, Minas, Roraima, São Paulo e Tocantins - esta última em convênio com a universidade goiana. As escolas nas aldeias têm estatuto diferente das demais. Devem ser municipais, bilíngues e com calendário diferenciado. De preferência, os professores têm de ser indígenas e da própria aldeia. Com o crescimento populacional e o aumento do interesse dos índios por frequentar as salas de aula até a fase adulta, tornou-se necessário formar também os professores para o ensino médio. Em Goiás, segundo Maria do Socorro e Rocha, apenas uma professora que atua em aldeia cursou o ensino superior, sendo que os demais têm ensino médio ou fundamental. Boa parte não tem formação para desenvolver um ensino de acordo com a especificidade de seus povos.

Na maioria das escolas indígenas brasileiras, contrariando orientação do Ministério da Educação, o ensino da 5.ª a 8.ª séries está sob responsabilidade de professores não índios. Muitos deles, se não todos, não têm formação para exercer o magistério de acordo com a realidade sociolinguística e cultural desses povos. Normalmente, nessas séries, a atuação dos indígenas tem se dado somente como professores de línguas maternas. Daí o corre-corre para a formação de professores com curso superior. Quando a primeira turma de alunos da UFG se graduar, em 2012, cada um dos cerca de 40 formandos poderá optar por se especializar em Ciência da Cultura, Ciência da Linguagem e Ciência da Natureza. Encerrada essa fase, eles deverão ir para as suas aldeias, para liderar um novo ciclo no ensino fundamental e médio das escolas indígenas. Durante os cinco anos de curso universitário, eles terão adquirido conhecimentos teórico e metodológico necessários para o desenvolvimento de pesquisas nas aldeias, levando-se em conta que devem ser tratados no mesmo nível as questões culturais relativas aos índios e não índios, lembrou Rocha.

Nas duas últimas décadas, a população indígena tem passado por uma explosão demográfica, o que aumentou muito a demanda por professores, disse Rocha. Isso, segundo ele, deveu-se principalmente à mudança na política oficial de proteção aos índios, a começar pela Constituição de 1988. Os governos seguintes garantiram terras e paz aos índios e eles puderam voltar a ter filhos sem maiores problemas. Hoje as aldeias contam com uma grande população infantil e adolescente. No curso universitário, os alunos são submetidos a debates teóricos e políticos, que buscam contribuir com a construção de propostas educacionais que respeitem e incluam projetos tocados pelas comunidades indígenas. Eles são incentivados a produzir materiais didáticos que contemplem os conhecimentos elaborados pelos indígenas e a diversidade linguística em que eles estão envolvidos. Atualmente, por exemplo, os professores da UFG e os alunos indígenas estão envolvidos na elaboração de dicionários bilíngues da língua das diversas etnias e do português. Eles também aprendem a buscar condições para o desenvolvimento de projetos de sustentabilidade econômica e de políticas de revitalização e manutenção das línguas e culturas indígenas.

Carga horária. O curso de Licenciatura Intercultural Indígena da UFG tem 3,6 mil horas. Destas, 2,1 mil são de estudos presenciais, 500 de ensino a distância em terras indígenas, 200 de pesquisas e seminários, 400 de estágio supervisionado e 400 para a prática do ensino. Durante o período em que ficam em Goiânia para as aulas presenciais, os alunos residem em alojamentos bancados pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Esse período acontece durante o recesso do calendário das escolas indígenas, normalmente entre os meses de janeiro, fevereiro, julho e agosto. Eles passam também por cursos especiais de língua portuguesa, de línguas maternas e de informática. Até o fim do ano, deve ficar pronto o prédio especialmente construído para o ensino dos indígenas. Terá a forma de uma oca e ficará perto de uma pequena mata frequentada por animais silvestres, como macacos-prego (Cebus libidinosus), no câmpus da UFG, na saída para Nova Veneza.

Blogs

Postado por Profª Gisele Lira | 20:27 | 11 comentários »

Queridas Alunas
Postem aqui o endereço do seus blogs.
Beijo gde.
Gisele

Promessa de dois professores tem falhas

Postado por Profª Gisele Lira | 17:37 | 22 comentários »

> Folha de São Paulo, 2/10/2010 - São Paulo SP

Para educadores, proposta de José Serra não é 100% eficaz na alfabetização e é de difícil implantação nacional. Candidato do PSDB diz que haverá incentivo financeiro a prefeitos e governadores que adotarem o programa
RICARDO WESTIN DE SÃO PAULO / ANGELA PINHO DE BRASÍLIA
José Serra (PSDB) diz que, se eleito presidente, colocará dois professores em todas as turmas de 1º ano (antiga pré-escola) das escolas públicas. A ideia é que, enquanto o primeiro professor dá a aula, o segundo percorra a sala ajudando individualmente os alunos com mais dificuldade. Serra argumenta que assim se assegura a plena alfabetização das crianças. No entanto, especialistas em educação veem dois problemas na promessa tucana. Primeiro, é difícil implantar o segundo professor em todo o país. Depois, o programa por si só não é garantia de que os alunos aprenderão de fato a ler e escrever. A implantação nas cerca de 110 mil turmas de 1º ano é pouco provável porque a grande maioria das escolas públicas de nível fundamental pertence às prefeituras. O presidente não pode obrigar os prefeitos a contratar um segundo professor.

"Cada município tem autonomia", explica Carlos Roberto Jamil Cury, ex-presidente do Conselho Nacional de Educação. O segundo professor já está nas escolas estaduais de São Paulo e nas municipais da capital paulista, mas por decisão do governo e da prefeitura -quando Serra foi respectivamente governador (2007) e prefeito (2006). A campanha do PSDB diz que Serra oferecerá incentivos financeiros para que as prefeituras e os Estados adotem o programa federal. Verbas, entretanto, não garantem a adesão automática. Na saúde, por exemplo, apesar de o governo federal custear a implantação de UPAs (prontos-socorros), prefeitos e governadores rejeitam a verba -não querem programa com a marca do partido rival.

ESTAGIÁRIO - O segundo professor é, na realidade, um estudante de letras ou pedagogia -um estagiário. Em São Paulo, ele recebe uma bolsa mensal de R$ 500 e, em alguns casos, auxílio-transporte de R$ 100.
O alcance nacional prometido por Serra também é limitado pelo fato de não haver faculdade de letras ou pedagogia em todas as cidades. Em Santa Catarina, para que cada turma do 1º ano tenha estagiário, cerca de 50% dos universitários terão que ser recrutados. No país, são necessários 15% dos alunos. Em termos pedagógicos, a crítica é que a simples presença do estagiário não assegura a alfabetização. O aluno de letras, ao contrário do de pedagogia, geralmente não vê na faculdade lições de alfabetização, aponta a professora Stella Bertoni, da UnB.

"CIUMEIRA" - Além disso, há a possibilidade de não haver um bom relacionamento entre professor e estagiário. O professor pode sentir sua autoridade ameaçada, e o estagiário pode querer impor as técnicas de ensino da faculdade. "Vai haver ciumeira, atrito", diz Onaide Schwartz, professora da Unesp. Por fim, corre-se o risco de, em ausências do professor, o estagiário ser escalado para assumir a turma. "Ele não pode se responsabilizar por uma sala. Ainda é estudante", afirma Maria Regina Maluf, da PUC-SP e da USP. Bertoni e Maluf dizem que, apesar de insuficiente, a presença do estagiário pode ter bons resultados. Para defender que a promessa terá sucesso, a campanha do PSDB diz que o número de crianças do 2º ano plenamente alfabetizadas na rede estadual de SP subiu de 88% para 93% em dois anos. E que na rede municipal da capital os alunos não alfabetizados caíram 50%.

Cursos livres da universidade americana receberam mais de 220 mil visitas do Brasil só no ano passado
Cinthia Rodrigues, iG São Paulo
O Massachusetts Institute of Tecnology (MIT) está entre as cinco melhores universidades do mundo e tem uma reputação alavancadas por prêmios como os 63 Nobel acumulados. Cursar a instituição americana é um sonho comum entre os estudantes mais audaciosos e um grupo crescente de brasileiros tem feito isso – ainda que sem sair do Brasil e mesmo sem ter direito a diploma. O instituto especializado em tecnologia reúne o material que compõe os cursos e os disponibiliza na internet. O acesso é gratuito e não exige cadastro. Por outro lado, não há como comprovar o acompanhamento das aulas ou obter qualquer certificação. "Disponibilizamos apenas o conhecimento", diz o site. A ação, chamada MIT OpenCourseWire, começou em 2003 e, no mesmo ano, recebeu 22 mil visitas online do Brasil. No ano passado, foram 222 mil visitas, 1,5% do total recebido de 215 países diferentes, o que garante o quarto lugar entre os maiores frequentadores estrangeiros, atrás apenas de Rússia, Índia e China. Em 2010, o número pode crescer ainda mais devido a uma nova ferramenta, inaugurada em setembro, que permite a formação de grupos para troca de informações sobre as aulas, como em uma sala presencial.

A estudante de Física da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Emanuelle Machado, de 23 anos, conheceu o site enquanto pesquisava a vida de grandes nomes de sua área e diz que foi incentivada pelo material a seguir carreira científica. “As aulas são completas e avançadas. Depois, tiramos dúvidas em grupos com pessoas daqui e do mundo todo”, afirma. Em menos de um ano, ela já completou as disciplinas de Mecânica Clássica, Eletromagnetismo e Relatividade. “Meu sonho agora é fazer uma pós lá”, conta. Outro “aluno virtual” brasileiro, Rafael Magalhães Braga de Souza, de 18 anos, procura assistir lá as mesmas matérias que cursa em Engenharia Química na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Percebo que o MIT é mais completo, tem um nível de debate mais elevado e fico sabendo das últimas novidades, isso ajuda nas entrevistas. Ainda não aceitei, mas já tive bons convites por estar atualizado”, afirma.

Idioma é barreira - Dos 2.000 cursos disponibilizados, apenas 32 estão traduzidos para o português por parceiros. Para a gerente de Relações Externas do OpenCourseWire, essa é a principal barreira para os brasileiros. “É bastante significativa a dificuldade estabelecida pela língua para a América Latina em geral”, diz. Ela espera que a nova ferramenta de interação aumente ainda mais o público e facilite a inclusão de pessoas que não dominam o inglês. Para conhecer os cursos, basta acessar o site ocw.mit.edu

Escola Virtual para País oferece, pela internet, palestras sobre temas diversificados de interesse na educação
Agência Brasil
Começou no último sábado (2), no Rio de Janeiro, um projeto inédito em todo o mundo no formato de webconferência, que pretende ajudar os pais e facilitar a educação dos filhos, na medida em que permite aos participantes interagirem com os apresentadores durante as palestras. Trata-se da Escola Virtual para País (www.escolavirtualparapais.com.br). O projeto foi idealizado pela pedagoga e mestre em educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Márcia Taborda, e tem a coordenação acadêmica da neuropediatra Heloisa Viscaíno Pereira, professora adjunta do Departamento de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas da Uerj. O projeto oferece, por meio da internet, palestras sobre temas diversificados de interesse na educação das crianças, explicou Márcia Taborda à Agência Brasil. As webconferências visam a auxiliar os pais na orientação das crianças, na identificação de problemas, além de mostrarem como lidar com dificuldades de aprendizagem e escolher uma escola para os filhos. Estão previstas, ainda para este mês, webconferências sobre alimentação saudável e transtornos da hiperatividade e déficit de atenção. O acesso às palestras poderá ser feito de qualquer lugar do mundo.

Nem rima nem solução

Postado por Profª Gisele Lira | 11:31 | 4 comentários »

Folha de São Paulo, 01/09/2010 - São Paulo SP

A repetência e as aulas de reforço incorrem no mesmo erro: acreditam que, pela repetição, o aluno passa a se condicionar à resposta certa
RUDÁ RICCI

O tema da promoção automática de alunos surge, mais uma vez, no debate entre candidatos ao governo de São Paulo. E se confunde com um conceito distinto, o de progressão continuada. A confusão, generalizada, envolve pais e até mesmo professores, e opõe os dois conceitos ao de repetência. A repetência nasceu de uma concepção taylorista educacional, que se forjou na última década do século 19 nos EUA, formulada por Joseph Mayer Rice. Rice vinculou os objetivos da educação à formação para a indústria e definiu um ranking de conteúdos, tendo a matemática e a física como as principais, seguidas por biologia, química e comportamento social. Quem não atingisse um patamar ideal deveria repetir tudo o que estudou no ano anterior. O problema é que esta concepção tem muito de administração do trabalho, mas muito pouco de educação. Os seres humanos não saltam de patamar cognitivo a cada mês ou ano. O "calendário humano" é outro. Foi estudado por Jean Piaget e Henri Wallon, para citar alguns. A repetência é um elemento do sistema de verificação do modelo taylorista de educação. Explico: a seriação define um patamar ideal que o aluno deve atingir, a partir do qual é criado um ranking de classificação. Aqueles que não atingem um determinado índice desse ranking devem repetir. A repetência e as aulas de reforço incorrem no mesmo erro: acreditam que, pela repetição, o aluno passa a se condicionar à resposta certa. Contudo, num mundo em que uma novidade tecnológica ocorre a cada seis meses por segmento produtivo, essa crença na memorização como carro-chefe do processo educacional cai por terra. Repetir um aluno, portanto, é anacrônico e um equívoco educacional. A promoção automática também comete o mesmo erro. Interessante que o primeiro artigo sobre sistema de ciclos escrito por um brasileiro foi publicado na década de 1950, no Rio Grande do Sul, tendo como título "Promoção automática ou progressão continuada?". Mais de meio século depois, continuamos não compreendendo a diferença entre as duas propostas. São Paulo apresenta ainda mais dificuldade, porque, em 1921, Oscar Thompson, diretor geral do ensino do Estado, propôs a promoção em massa. Sampaio Dória também sugeriu algo semelhante. Em 1956, durante a Conferência Regional Latino-Americana sobre Educação Primária Gratuita e Obrigatória, promovida pela Unesco, foi amplamente discutido um estudo sobre reprovações e sugerido como solução a promoção automática. Contudo, o sistema de ciclos não propõe a promoção automática, mas a adoção de enturmações múltiplas para alunos que apresentarem dificuldades específicas. Digamos que, uma vez por semana, as escolas se dediquem a essas enturmações diferentes. Naquilo em que está bem, o aluno é promovido. No que apresenta dificuldades, continua em turma intermediária. Não se trata de repetência. O problema que envolve esse tema é que, mais uma vez, o Brasil tenta criar atalhos na educação. E não percebe que, por aí, banalizamos o caminho do desenvolvimento sustentável.

Portal Aprendiz, 03/09/2010

Foi criado nesta quinta-feira (2) o Comitê de Governança do Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente. O órgão acompanhará a elaboração e aplicação da prova, que servirá como processo seletivo dos professores para as escolas da rede pública. De acordo com a portaria publicada no Diário Oficial da União o comitê será o órgão do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) responsável pelo exame. A criação da prova foi no dia 24 de maio. Ela funcionará como um concurso nacional para seleção de professores das redes públicas. A primeira edição será em 2011, destinada a quem deseja trabalhar com alunos dos primeiros anos do ensino fundamental e da educação infantil. As secretarias estaduais e municipais de Educação poderão escolher se usam ou não a nota do novo exame em seus processos seletivos. Além disso os professores poderão usar a nota em diversos concursos.

O objetivo da prova é ajudar as redes a selecionar seus professores. O exame também servirá para diagnosticar os conhecimentos, competências e habilidades dos futuros professores e assim subsidiar as políticas públicas de formação continuada. Os temas cobrados no exame foram escolhidos com ajuda da opinião pública. Uma semana antes da criação oficial do exame, o Inep abriu um espaço em seu site para que qualquer pessoa sugerisse quais seriam os conhecimentos que um professor de educação infantil e das séries iniciais do ensino fundamental deveria ter no momento do ingresso na carreira. O sistema ficou aberto do dia 19 ao dia 30 de junho. As sugestões estão sendo analisadas por uma equipe técnica do Inep com especialistas de cada área e devem integrar a matriz que será usada para a elaboração das questões do Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente. (R7)

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Internet e Educação

Postado por Profª Gisele Lira | 09:10 | 34 comentários »

Olá Pessoal!! Vamos comunicar aqui o nosso conhecimento.
Qual a relação existente entre o vídeo A mudança Aconteceu e o texto de Moran - Internet na Educação.

JULIA BAPTISTA - Agência Estado
A Secretaria Estadual de Educação de São Paulo informou que decidiu adiar a implantação do projeto que previa pagamento de vale-presente a alunos da rede pública de ensino que fizessem e dessem aulas reforço de matemática. A entrega do benefício foi adiada "temporariamente", pois, segundo a assessoria de imprensa da pasta, o projeto "gerou certa polêmica". A equipe da secretaria está "revendo conceitos". Ainda não há data prevista para o pagamento do vale- presente. Na sexta-feira, a secretaria informou que o governo de São Paulo pagaria vale-presente de R$ 50 a estudantes que frequentassem aulas de reforço de matemática. O programa previa que alunos dos 2º e 3º anos do Ensino Médio com bom desempenho na matéria recebessem bolsa-auxílio para ser tutores de alunos dos 6º e 7º anos do Ensino Fundamental. Aos tutores seria oferecida uma bolsa mensal de R$ 115 pelos três meses de duração do programa. A iniciativa foi fruto de uma parceria entre a Secretaria de Estado da Educação, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), professores da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisadores da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O investimento total no programa será de US$ 663 mil, sendo US$ 130 mil da secretaria, US$ 200 mil do BID e US$ 333 mil de parceiros

Projeto abrange estudantes de 6º e 7º ano com dificuldade na disciplina. "Vale-presente" começa a ser testado com 1.200 alunos da rede estadual; dinheiro será entregue para o próprio aluno
O Governo de São Paulo vai pagar até R$ 50 a alunos do ensino fundamental (11 e 12 anos) com notas baixas que participem de aulas de reforço em matemática -disciplina em que os resultados da rede estadual são piores. O dinheiro será dado diretamente ao estudante, e não a sua família. O valor é proporcional à presença nas atividades, realizadas duas vezes por semana, em sessões de 90 minutos, por três meses. Se não faltar nenhuma vez, o aluno ganha R$ 50 ao final do período. Educadores ouvidos pela reportagem mostraram opiniões diferentes sobre o tema. Os mais críticos dizem ver um estímulo para que o aluno tire nota baixa pensando na possibilidade de ganhar o dinheiro e um combate equivocado do problema.

Para outros, trata-se de um bom incentivo para comparecimento ao reforço. O pagamento a alunos com dificuldade integra o projeto da Secretaria da Educação em que 400 bons estudantes do ensino médio da rede estadual darão tutoria (atividades de reforço) em matemática para 1.200 alunos do 6º e 7º anos. A gestão Alberto Goldman (PSDB) decidiu dar o "vale-presente" aos alunos com notas baixas para estimular a presença às atividades, que não são obrigatórias. Durante o desenvolvimento do projeto, levantou-se a possibilidade de que houvesse muitas faltas dos estudantes e até mesmo desistências. Chegou-se a pensar em sorteios de notebooks. O reforço começa no mês que vem. O projeto é piloto e pode ser ampliado. A rede tem 4,2 milhões de alunos.

MÉDIAS BAIXAS - Exames estaduais e nacionais mostram que matemática é o ponto mais crítico do ensino público, tanto em São Paulo como no país. Na última avaliação paulista, chegou a haver recuo na média no ensino médio. A Folha conversou com professores da rede, que mostraram preocupação com o pagamento aos alunos. A principal é que eles poderão tirar notas baixas apenas para integrar o reforço e ganhar o dinheiro. Os participantes do projeto serão escolhidos com base nas notas do Saresp e boletins escolares. As inscrições começaram no dia 4 e terminam hoje, no site www.multiplicandosaber.org.br. Para isso, é preciso que a escola do estudante tenha sido uma das 441 escolhidas. Os estudantes-tutores ganharão bolsa de R$ 115. O projeto é financiado pelo governo, Banco Interamericano de Desenvolvimento e parceiros. Também participam a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e docentes da USP
ROGÉRIO PAGNAN / FÁBIO TAKAHASHI DE SÃO PAULO

Na educação, a busca do tempo perdido

Postado por Profª Gisele Lira | 12:10 | 0 comentários »

O Globo, 09/07/2010 - Rio de Janeiro RJ
O panorama traçado pelo cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para todo o país em 2009 traz uma notícia ruim e duas boas. A negativa não surpreende: na média, continuamos deficientes, principalmente no ensino público, em que os alunos, em geral, ainda estão muito distantes de um estágio razoável de aprendizado, capaz de dar esperanças concretas de que o país será mais competitivo no mundo globalizado, onde conhecimento é fator-chave de produção. A primeira constatação positiva é que a situação já foi pior. Nos anos iniciais do ciclo básico, da 1ª à 5ª série, a nota média foi de 4,6, um ponto maior que o resultado de 2005. Avança-se, portanto, em direção à meta estabelecida para 2021 de o Brasil chegar à nota 6, alcançada por países desenvolvidos em 2003, numa avaliação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os objetivos fixados para 2009 foram alcançados; em alguns casos, ultrapassados.

Começa a dar resultado, portanto, a política de envolvimento do Executivo federal na educação básica, tradicionalmente deixada sob a responsabilidade exclusiva de estados e municípios. Com o Programa de Desenvolvimento da Educação, o governo federal passou a liberar recursos para a Federação e a trabalhar de maneira compartilhada em busca de metas.

Outra notícia positiva é que há centros de excelência em escolas públicas do ciclo básico, em que as notas do Ideb são de Primeiro Mundo. A escola municipal Aparecida Elias Draibe, de Cajuru, interior de São Paulo, é a escola pública com o ensino básico mais bem avaliado do país, com nota 9, obtida pelos alunos das séries iniciais do ciclo. No Rio, a melhor é a Escola João de Deus, no subúrbio da Penha, com 7,8 - quase dois pontos acima da meta de 2021 -, 32 colocada no Ideb, calculado para 1.146 municípios, do total de 5.564. Há pontos comuns nos dois casos. O envolvimento dos professores é um deles. A formação é outro aspecto de destaque. Em Cajuru, por exemplo, todos têm que cursar Pedagogia. Não se desprezam, também, métodos tradicionais de ensino, como ditados e o incentivo à leitura. Não, há, portanto, fórmula misteriosa de como fazer a revolução de que o Brasil necessita, já realizada em países como a Coreia do Sul, pobre na década de 50, e que, por acertar ao priorizar nos gastos públicos a educação, nos passou em renda per capita e outros indicadores. O desafio é replicar o método país afora.

O professor, um dos polos da questão, é elemento-chave a ser conquistado. Não é simples, pois o forte sentimento de corporação dos profissionais costuma ser um empecilho à modernização do ensino público. E não só no Brasil. Nos Estados Unidos tem havido grande desconforto de sindicatos de professores, tradicionalmente ligados aos democratas, com o governo Barack Obama, defensor de programas de avaliação do professorado e remuneração por mérito. Quando se observam as estatísticas desagregadas, não as médias, vê-se a dimensão da crise do ensino: há desníveis entre escola pública e particular - esta em níveis aquém das congêneres de países desenvolvidos - e entre regiões, como o Norte e Nordeste, muito mal situados, o que não surpreende. Mas o caminho para a mudança radical deste quadro começa a ser percorrido. É preciso, porém, continuidade, independentemente do governo da vez, em Brasília, estados e municípios.

Ideb 2009

Postado por Profª Gisele Lira | 18:30 | 0 comentários »

O desempenho dos alunos no Saeb/Prova Brasil, em conjunto com a taxa de aprovação, compõe o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), que foi divulgado pelo MEC (Minitério da Educação) na tarde desta quinta (1). De modo geral, os três níveis avaliados alcançaram as metas estabelecidas.
A primeira etapa do ensino fundamental (1ª à 4ª série) ficou com nota média de 4,6. A segunda etapa (5ª a 8ª série), ficou com 4,0; o ensino médio, por sua vez, teve média 3,6. As médias, apesar de "vermelhas", estão acima das metas traçadas pelo governo para o ano de 2009, que eram de 4,2, 3,7 e 3,5, respectivamente. A nota é medida numa escala que vai de 0 a 10. SAIBA MAIS AQUI

Transtorno de aprendizagem afeta a capacidade de escrever ou copiar letras, palavras e números.
Assim como em outros transtornos de aprendizado, o tratamento da disgrafia é multidisciplinar e envolve neurologistas, psicopedadogos, fonoaudiólogos e terapeutas.
Com os cadernos de caligrafia fora de moda nas escolas, a letra ilegível deixou de ser marca registrada apenas de médicos e apressados. Atraídos pelo computadores, crianças e jovens tendem a exercitar pouco a letra cursiva - antes treinada à exaustão nas folhas milimetricamente pautadas. Assim, a hora da escrita pode virar um tormento: tanto para quem escreve quanto para quem lê. Nas crianças em idade de alfabetização, no entanto, a atenção de pais e professores deve ser redobrada. Letra feia no caderno pode não ser apenas falta de jeito com o lápis ou caneta, mas, sim, um transtorno de aprendizagem conhecido como disgrafia, que afeta a capacidade de escrever ou copiar letras, palavras e números. O centro do problema está no sistema nervoso, mais precisamente nos circuitos neurológicos responsáveis pela escrita.
SAIBA MAIS

'Sobram exames, falta política educacional'

Postado por Profª Gisele Lira | 17:59 | 0 comentários »

Para especialista em educação, a implementação do Exame Nacional de Ingresso na Carreira de Docente é positiva, mas limitada. LEIA MAIS AQUI

Certificação para Professores

Postado por Profª Gisele Lira | 13:03 | 0 comentários »

Já como o apelido de "ENEM dos professores", o Ministério da Educação lançou, hoje, a certificação de professores de educação infantil e primeiros anos (até 5a série) do ensino fundamental. A primeira prova deverá ser realizada em 2011 e a partiticipação de docentes será por adesão, como em qualquer forma de certificação profissional. Quem aplicará a prova é o INEP, focando conhecimentos, competências e habilidades.
O nome oficial da certificação é Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente. LEIA MAIS

A Mudança Aconteceu

Postado por Profª Gisele Lira | 14:55 | 16 comentários »

Uma metodologia que vem sendo difundida recentemente no Brasil poderá ser de grande ajuda ao professor envolto no torvelinho digital. O WebQuest, criado em 1995 pelo norte-americano Bernie Dodge, da Universidade de San Diego (Califórnia), se propõe a ser um instrumento para tornar mais efetivas as pesquisas na Internet propostas em sala de aula.

"A grande vantagem do WebQuest é dar um outro enfoque à questão da pesquisa na Internet. Os alunos entram na rede buscando temas definidos, com tarefas específicas. Acaba o sistema do copiar e colar", explica o coordenador do projeto WebQuest da Escola do Futuro da Universidade de São Paulo (USP), Carlos Seabra.

A metodologia é bastante simples e não exige recursos adicionais. Consiste em propor aos alunos a construção de um pequeno site a partir da pesquisa na rede de um determinado tema, como por exemplo, o desmatamento na Amazônia. O professor indicará tarefas a serem cumpridas, como visitas a sites pré-selecionados e busca a respostas para questões pontuais. Os alunos poderão ser convidados a assumir as identidades das diversas pessoas envolvidas nessa questão, como ambientalistas, empresários do setor madeireiro, políticos etc. e a apresentar os argumentos de cada um.

"O objetivo dessa nova metodologia não é restringir a ida dos alunos a outros sites, mas evitar que se percam", afirma Seabra. "É uma abordagem singela, mas que gera uma dinâmica muito boa. Coloca o professor como um facilitador, como um mediador", explica.


(FONTE:Revista Educarede)

Publicada em 23/02/2010 às 13h57m
TV Centro América/O Globo

CUIABÁ E RIO - Por unanimidade, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) afastou nesta terça-feira dez magistrados do Mato Grosso - sendo três desembargadores e sete juízes - acusados de envolvimento em um esquema de desvio de recursos públicos para socorrer financeiramente uma loja maçônica em Cuiabá. Os réus foram punidos com a aposentadoria compulsória. O julgamento é em instância final e não cabe recurso. Esta é a maior punição prevista nos processos administrativos do Conselho Nacional de Justiça.

Foram condenados os desembargadores José Ferreira Leite, ex-presidente do TJ do Mato Grosso e grã-mestre da Ordem Maçônica do estado, José Tadeu Cury e Mariano Travassos. Também foram condenados os juízes Marcelo Souza de Barros e Marcos Aurélio dos Reis Ferreira (filho de José Ferreira Leite), Antônio Horácio da Silva Neto, Juanita Clait Duarte, Graciema Caravellas, Maria Cristina Simões e Irênio Lima Fernandes.

Segundo parecer do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, o desvio de verba, realizado em 2003, seria para pagar um rombo milionário em uma cooperativa de crédito da Ordem Maçônica Grande Oriente. O montante desviado chegaria a R$ 1,5 milhão. Na época, o presidente do TJ era o desembargador José Ferreira Leite.

Os acusados negam, no entanto, o suposto devio de dinheiro do tribunal e qualquer outra irregularidade cometida no exercício dos respectivos cargos.

utilização do Blog como recurso pedagógico
Por Ana Claudia Teixeira Machado

Os blogs são um dos recursos de publicação mais utilizados naquilo que Tim Berners- Lee, criador da WWW, chamou da “Web da leitura/escrita” [read/write Web]. Integra a categoria do que é chamado software social, que vem sendo definido como uma ferramenta, (para aumentar habilidades sociais e colaborativas humanas), como um meio (para facilitar conexões sociais e o intercâmbio de informações) e como u ma ecologia (permitindo um “sistema de pessoas, práticas, valores e tecnologias num ambiente particular local”) (SUTER; ALEXANDER; KAPLAN, 2005).

Tão importante quanto utilizar os blogues como ferramenta de publicação na web é transformá-lo num espaço para interações e/ou conversações entre todos. Não se trata de se tornar apenas uma ferramenta de leitura ou escrita, mas sobretudo, uma ferramenta que incentive a interação entre os aprendizes.

A idéia dos blogues em contextos educacionais, sobretudo como ferramenta de apoio às aprendizagens, deve estar focada na interação entre aqueles que aprendem, os recursos educacionais e aqueles que são, supostamente, os mais experientes (os professores).

Cabe ressaltar, que o professor não pode deixar de estabelecer objetivos e critérios ao utilizar este recurso, pois a utilização a esmo não enriquece as aulas, torna-se um tempo inutilizado para a construção e a troca de conhecimentos. Ele deve deixar claro o que espera do aluno e o que pretende com a proposta de trabalho. Assim a avaliação deve ser feita pelo professor e pelos alunos.