Homenagem aos Professores

Postado por Profª Gisele Lira | 14:50 | 5 comentários »

7 mitos na educação

Postado por Profª Gisele Lira | 14:39 | 26 comentários »

Pesquisas nacionais e internacionais mostram que, isoladas, "soluções" que parecem óbvias não melhoram o desempenho dos alunos
FABIANA REWALD DA REPORTAGEM LOCAL
Para melhorar a educação no Brasil basta investir mais, aumentar o salário dos professores e treiná-los constantemente, além de melhorar a infraestrutura das escolas, certo? Errado. Diversos estudos nacionais e internacionais mostram que as "soluções" acima, na verdade, não passam de mitos. São questões importantes para um projeto de longo prazo, mas que por si só não promovem melhoria na educação. Em relação ao investimento, por exemplo, municípios que gastam R$ 1.000 por aluno no fundamental tiveram a mesma nota na Prova Brasil (exame federal que avalia estudantes) que municípios que gastam R$ 3.000, segundo dados de 2005 que embasam pesquisa de Naercio Aquino Menezes Filho, do Insper (antigo Ibmec). Cingapura é outro exemplo de que gastos e qualidade na educação não têm uma relação direta. O país obteve ótimos resultados nos últimos anos apesar de ter aplicado menos recursos na educação primária que 27 dos 30 países da OCDE (organização de países desenvolvidos), segundo relatório de 2007 da consultoria McKinsey.

A relação entre desempenho dos alunos e salários de professores também não é tão direta. O Distrito Federal, por exemplo, paga os melhores salários do país, mas não tem o melhor resultado em exames federais como Prova Brasil e Saeb, segundo levantamento feito por Maria Helena Guimarães de Castro quando era secretária de Educação de SP, cargo que deixou neste ano. O problema da educação é muito mais complexo. Mas é consenso que o ponto central é ter professores bem formados, que saibam ensinar e dominem a disciplina que lecionam. Parece simples, mas não é. É comum, em muitas regiões do país, que professores de matemática sejam contratados para ensinar física. Segundo o censo da educação básica de 2007, dos professores de física no ensino médio do país, só 25% tinha formação na área. Isso porque os formados em física acabam atraídos por outras profissões com maior retorno financeiro. Mas, então, aumentar o salário significativamente não ajudaria? Estudiosos de educação acreditam que um reajuste assim só teria efeito no longo prazo. Aumentar sem critérios os salários de todos os professores não fará com que eles passem a ensinar melhor agora, pois já têm falhas na sua formação. Uma opção a curto prazo sugerida por Menezes Filho é atrelar o reajuste à melhora no desempenho. Assim, ele funcionaria como estímulo. Já no longo prazo, de fato, esse aumento no salário pode ser eficaz, a partir do momento em que a carreira de professor passa a interessar os melhores alunos do ensino médio. Abaixo, veja sete mitos derrubados por pesquisas -os nomes dos estudos estão em www.folha.com.br/093091

> Folha de São Paulo, 08/11/2009 - São Paulo SP

Pesquisadoras de faculdades diferentes apontam restrição de atividades lúdicas. MEC confirma que colégios têm falhado no ensino de nove anos; secretária de Educação Básica diz que o brincar é "importantíssimo"
RICARDO WESTIN DA REPORTAGEM LOCAL
Das escolas que já adotaram o ensino fundamental de nove anos, parte fez a adaptação impondo pesados sacrifícios às crianças mais novas. Pesquisas em diferentes Estados mostram que nessas escolas os alunos de seis anos perderam parte considerável do tempo destinado a brincadeiras e atividades ao ar livre. Agora ficam debruçadas sobre livros, exercícios e até provas. Especialistas alertam que isso pode ter efeito devastador no desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças.

As escolas hoje dividem o ensino fundamental em oito séries. No ano que vem, todas -públicas e particulares- deverão seguir a lei que prevê a reorganização em nove anos. O ano extra foi colocado no início do ciclo. A criança passará a entrar no ensino fundamental com seis anos, não mais com sete. Assim, quem ia para a pré-escola irá para o primeiro ano. A primeira série se transformará no segundo ano. Muitas escolas se adiantaram e já seguem a lei. O problema é que algumas limitaram-se a impor às crianças de seis anos os mesmíssimos conteúdos que antes ensinavam às crianças de sete. Os esforços se concentram em ensiná-las a ler, escrever e fazer contas. As brincadeiras, comuns na velha pré-escola, ficaram em segundo plano. As professoras e pesquisadoras Iraíde Marques de Freitas Barreiro (da Unesp em Assis), Maria Silvia Librandi da Rocha (da PUC de Campinas) e Catarina Moro (da UFPR em Curitiba) chegaram a conclusões parecidas ao estudar escolas que já adotam o novo modelo.

"As atividades lúdicas ficaram restritas ao recreio, que não raramente dura 15 minutos", diz Maria Silvia. "A criança tem seis anos, mas já é tratada quase como adulto, com muita cobrança", afirma Iraíde. Um dos problemas é o fato de os professores não terem sido preparados para conduzir essa nova turma. Seguem mais o modelo da primeira série que o da pré-escola, sem o devido equilíbrio, por pressão de pais que desejam a alfabetização precoce e por pressão do sistema educacional -a Provinha Brasil avalia crianças de sete anos, do novo segundo ano. "Antes era o professor da segunda série que cobrava o da primeira para que os alunos chegassem alfabetizados. Agora é o professor do segundo ano que pressiona o do primeiro", afirma Catarina, da UFPR. O MEC confirma a falha dos colégios. "Estamos oferecendo orientações, explicando que o brincar é importantíssimo", diz a secretária de Educação Básica, Maria do Pilar Lacerda. Ela esclarece que o resultado da Provinha Brasil não é divulgado e, mesmo sendo negativo, não gera punições. Serve apenas para orientar a escola. Outro problema apontado pelas pesquisadoras é a falta de adaptações e reformas nas escolas para receber adequadamente às crianças de seis anos.

Entre os muros da escola

Postado por Profª Gisele Lira | 12:06 | 5 comentários »

Neste sábado, dia 31/11, foi realizado uma mesa redonda cujo debate versou em torno do filme " Entre os Muros da Escola". (Filme francês que discute os problemas vivenciados em uma determinada escola em razão das diferenças sociais e culturais que suscita muitas reflexões à nós educadores e aos futuros educadores).
A ocasião contou com a presença de quatro profissionais de diferentes áreas que conduziram as reflexões acerca do vídeo: um Mestre em História (prof. Luciene), Um especialista em Turismo Regional ( prof. Raimundo Nonato), uma Pedagoga ( prof. Beloni) e um doutor em sociologia (prof. Hidelberto).
Esses espaços de discussões, seguramente, só contribuem para a construção de conhecimentos dos acadêmicos.
Parabéns ao curso de Pedagogia das Faculdades Cathedral!

Prova para professores será em fevereiro

Postado por Profª Gisele Lira | 11:57 | 19 comentários »

Avaliação que garantirá aumento a 20% dos docentes da rede estadual mais bem colocados foi marcada para os dias 3 e 4. Uma das entidades que representam a categoria já planeja entrar na Justiça contra medida, alegando falta de discussão prévia
DA REPORTAGEM LOCAL
As provas que determinarão quais professores da rede estadual paulista receberão aumento salarial por mérito serão aplicadas no início de fevereiro. Segundo o governo, os docentes farão os exames nos dias 3 e 4. No primeiro dia serão examinados os professores do 1º ao 5º ano do ensino fundamental. No dia seguinte, os demais farão a prova. Diretores e supervisores serão avaliados em 31 de janeiro. Segundo a lei, sancionada ontem pelo governador José Serra (PSDB), até 20% dos docentes mais bem avaliados receberão 25% de reajuste nesta primeira etapa do projeto. Ao longo da carreira (25 anos), o professor poderá quadruplicar seu salário inicial, caso esteja sempre entre os mais bem avaliados. Ele poderá tentar o aumento a cada três anos.
Para poder prestar o exame e pleitear o reajuste, os servidores terão de apresentar uma frequência mínima às aulas e um determinado tempo de permanência na mesma escola. Os critérios ainda serão definidos pela Secretaria da Educação. Serra afirma que o projeto cria um estímulo aos professores da rede. Já a Apeoesp (principal sindicato dos professores da rede) afirma que os aumentos previstos beneficiarão poucos professores, o que desestimulará os demais. O Centro do Professorado Paulista (outra entidade representativa) afirma que entrará na Justiça contra a lei, alegando que uma mudança na carreira do magistério exigiria um debate mais amplo. Entre os pesquisadores, uma das críticas é que o professor que conhece sua matéria não necessariamente sabe ensinar. No primeiro ano de vigência, o governo afirma que receberão o reajuste 44 mil dos 220 mil docentes da rede (20% do total). O impacto financeiro estimado é de R$ 140 milhões. Se esse dinheiro fosse usado para beneficiar todos os professores, o aumento geral da categoria seria de cerca de 5%.

Tempo de adaptação preocupa entidades e escolas. Aprovado pela Câmara, texto ainda precisa passar pelo Senado
Do G1, em São Paulo, com informações do ClicRBS
Ao mesmo tempo em que promete melhorar a qualidade do ensino em creches e pré-escolas, um projeto de lei ameaça o curso de formação de professores em nível médio Normal, conhecido como magistério, bem como os serviços prestados por entidades comunitárias. Aprovada pela Câmara dos Deputados, a proposição da deputada Angela Amin (PP-SC) exige diploma a todos professores do ensino básico, a começar pela Educação Infantil. Para entrar em vigor, o texto ainda precisa ser aprovado pelo Senado, o que não tem data prevista. Embora em teoria todos concordem com o aumento da qualificação dos professores, a viabilidade da medida preocupa a comunidade escolar. A principal dúvida da presidente do Sindicreches, Susana Fogliatto, que representa 5 mil escolas privadas de Educação Infantil no Rio Grande do Sul, é quanto tempo as escolas terão para se adaptar. Segundo a deputada, autora do projeto, o prazo deve ser definido após a aprovação, quando a lei precisará ser regulamentada pelo Ministério da Educação. Com a esperada corrida às faculdades de licenciatura, uma das primeiras consequências deve ser o gradual fechamento dos cursos de formação de professores em nível médio, já decadentes nos últimos anos. No Instituto Estadual de Educação Flores da Cunha, em Porto Alegre, que chegou a ter 2 mil alunos no magistério, hoje restam cerca de 350 matriculados. Por falta de demanda, o Instituto Estadual de Educação Paulo da Gama, também na capital gaúcha, está prestes a fechar as portas. Será em 2011, quando os últimos 45 alunos concluírem seus estudos. "A lei é boa, mas precisaria pelo menos uns 10 anos para a adaptação. Com a crescente exigência por faculdade, os alunos do Normal acabam em desvantagem no vestibular, porque o currículo tem menos aulas de química e matemática, por exemplo", avalia a diretora do Paulo da Gama, Nilse Christ.

Impacto - O impacto do projeto preocupa entidades comunitárias, que sobrevivem com doações e repasses públicos. "É simplesmente a inviabilidade de funcionar", preocupa-se Fernanda Ribas, consultora jurídica do Sindicato das Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação de Profissionais do Estado do Rio Grande do Sul, temendo o risco de fechamentos em cascata entre as 600 creches comunitárias no estado, que atendem cerca de 40 mil alunos.

Na rede privada, o cenário é outro. Apostando na qualificação como diferencial, boa parte das escolas privadas já opta por contratar professores com diploma. Na Pato – Escola de Educação Infantil, por exemplo, apenas uma das oito professoras ainda não concluiu a faculdade, e há inclusive profissionais com pós-graduação, como a pedagoga Patrícia Dexheimer, 38 anos, especializada em psicopedagogia. "A escola divide com a família a base de todas as coisas que vão influenciar a criança, por isso é muito importante um bom preparo pedagógico. Educação infantil não é recreação", argumenta a coordenadora pedagógica da escola, Laura Hoppe.
SAIBA MAIS
COMO É HOJE - Docentes da Educação Infantil até a 4ª série do Ensino Fundamental ainda podem exercer a profissão com nível médio
COMO FICARÁ - O projeto de lei 3971/2008 exige nível superior para todos os professores da Educação Básica, a começar pelas creches. Só será admitida a contratação de professores sem curso superior em locais onde comprovadamente não houver profissionais com essa formação
COMO É NA REDE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL - Dos 68 mil professores da rede estadual de educação, apenas 5.397 não têm curso superior. Segundo a diretora pedagógica da Secretaria Estadual da Educação, Sonia Balzano, o Estado não terá dificuldades em cumprir a lei
INCENTIVO À QUALIFICAÇÃO - O Ministério da Educação desenvolve o Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica. O plano prevê a oferta de cursos superiores gratuitos para professores da rede pública - No Rio Grande do Sul a expectativa é que os cursos comecem a ser oferecidos em 2010, em universidades públicas e comunitárias (detalhes e número de vagas ainda estão em definição). Para se candidatar a uma vaga, os professores precisam se cadastrar no site http://freire.mec.gov.br/ (Com informações do Zero Hora)