Internet e Educação

Postado por Profª Gisele Lira | 09:10 | 34 comentários »

Olá Pessoal!! Vamos comunicar aqui o nosso conhecimento.
Qual a relação existente entre o vídeo A mudança Aconteceu e o texto de Moran - Internet na Educação.

JULIA BAPTISTA - Agência Estado
A Secretaria Estadual de Educação de São Paulo informou que decidiu adiar a implantação do projeto que previa pagamento de vale-presente a alunos da rede pública de ensino que fizessem e dessem aulas reforço de matemática. A entrega do benefício foi adiada "temporariamente", pois, segundo a assessoria de imprensa da pasta, o projeto "gerou certa polêmica". A equipe da secretaria está "revendo conceitos". Ainda não há data prevista para o pagamento do vale- presente. Na sexta-feira, a secretaria informou que o governo de São Paulo pagaria vale-presente de R$ 50 a estudantes que frequentassem aulas de reforço de matemática. O programa previa que alunos dos 2º e 3º anos do Ensino Médio com bom desempenho na matéria recebessem bolsa-auxílio para ser tutores de alunos dos 6º e 7º anos do Ensino Fundamental. Aos tutores seria oferecida uma bolsa mensal de R$ 115 pelos três meses de duração do programa. A iniciativa foi fruto de uma parceria entre a Secretaria de Estado da Educação, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), professores da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisadores da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O investimento total no programa será de US$ 663 mil, sendo US$ 130 mil da secretaria, US$ 200 mil do BID e US$ 333 mil de parceiros

Projeto abrange estudantes de 6º e 7º ano com dificuldade na disciplina. "Vale-presente" começa a ser testado com 1.200 alunos da rede estadual; dinheiro será entregue para o próprio aluno
O Governo de São Paulo vai pagar até R$ 50 a alunos do ensino fundamental (11 e 12 anos) com notas baixas que participem de aulas de reforço em matemática -disciplina em que os resultados da rede estadual são piores. O dinheiro será dado diretamente ao estudante, e não a sua família. O valor é proporcional à presença nas atividades, realizadas duas vezes por semana, em sessões de 90 minutos, por três meses. Se não faltar nenhuma vez, o aluno ganha R$ 50 ao final do período. Educadores ouvidos pela reportagem mostraram opiniões diferentes sobre o tema. Os mais críticos dizem ver um estímulo para que o aluno tire nota baixa pensando na possibilidade de ganhar o dinheiro e um combate equivocado do problema.

Para outros, trata-se de um bom incentivo para comparecimento ao reforço. O pagamento a alunos com dificuldade integra o projeto da Secretaria da Educação em que 400 bons estudantes do ensino médio da rede estadual darão tutoria (atividades de reforço) em matemática para 1.200 alunos do 6º e 7º anos. A gestão Alberto Goldman (PSDB) decidiu dar o "vale-presente" aos alunos com notas baixas para estimular a presença às atividades, que não são obrigatórias. Durante o desenvolvimento do projeto, levantou-se a possibilidade de que houvesse muitas faltas dos estudantes e até mesmo desistências. Chegou-se a pensar em sorteios de notebooks. O reforço começa no mês que vem. O projeto é piloto e pode ser ampliado. A rede tem 4,2 milhões de alunos.

MÉDIAS BAIXAS - Exames estaduais e nacionais mostram que matemática é o ponto mais crítico do ensino público, tanto em São Paulo como no país. Na última avaliação paulista, chegou a haver recuo na média no ensino médio. A Folha conversou com professores da rede, que mostraram preocupação com o pagamento aos alunos. A principal é que eles poderão tirar notas baixas apenas para integrar o reforço e ganhar o dinheiro. Os participantes do projeto serão escolhidos com base nas notas do Saresp e boletins escolares. As inscrições começaram no dia 4 e terminam hoje, no site www.multiplicandosaber.org.br. Para isso, é preciso que a escola do estudante tenha sido uma das 441 escolhidas. Os estudantes-tutores ganharão bolsa de R$ 115. O projeto é financiado pelo governo, Banco Interamericano de Desenvolvimento e parceiros. Também participam a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e docentes da USP
ROGÉRIO PAGNAN / FÁBIO TAKAHASHI DE SÃO PAULO